Cheguei aqui no seu texto depois de duas indicações a respeito dele (já nem lembro em qual newsletter), e foi maravilhoso ter lido isso!
Fiquei pensando na minha própria posição como autor e o que é possível fazer a partir de um prêmio. Em 2021 eu ganhei o BN em Literatura Juvenil e fiquei feliz como pinto no lixo, igualzinho a você - e aí não fiz nada a respeito. Sim, eu estava meio confuso com a vida no geral, desapontado por estar escrevendo menos do que gostaria, um pouco distante das redes sociais, e aí acabei postando aqui, ali, divulguei um pouquinho e deixei morrer. Do momento em que estou agora percebo claramente que a minha abordagem foi um grande erro, mas na hora eu tava desmotivado e ficava pensando "por que as pessoas não querem ler um livro vencedor de prêmio?". É incrível como a gente se vitimiza de graça, por preguiça de se mexer e fazer a coisa andar. O que me salta aos olhos é que, ganhando, não ganhando, sendo finalista, não sendo, o importante é não parar de se movimentar... enfim, aprendizados haha.
Fiquei curiosíssimo com seu livro e já adicionei na minha lista! Acompanharei a newsletter com entusiasmo :)
Fábio, obrigado pela tua leitura, que bom que encontrou meu trabalho e agora posso conhecer o teu. Aliás, primeiro, parabéns pelo BN! Este ponto que vc fala é muito importante: o prêmio nos ajuda, mas a vida não está ganha, de jeito nenhum. Existe um prazo de validade pra atenção que um prêmio, de modo geral, da pra nossos livros e esse prazo é bem curto... por outro lado, também há um limite para o que conseguimos fazer sobre nosso livro, porque isto é um aspecto complexo, muitas vezes precisamos nos desdobrar em diferentes funções na carreira de autor que são alheias à natureza desta própria carreira.
Muito obrigado! Sim, sem sombra de dúvidas ser escritor não é um trabalho simples, ainda mais quando, como você mencionou, escritores assumem tantas tarefas que a princípio não eram suas... Ainda assim, sempre fica a impressão de que se poderia fazer mais!
Muito legal você compartilhar conosco esses pensamentos e também abordar esse lado emocional dos prêmios. Somos humanos, é lógico que torcemos sempre pela maior visibilidade e prestígio para o nosso trabalho. Sobre a frustração... tem uma música que vai te ajudar a lidar com ela, é "Minha história" do João do Vale, caso não conheça. Apenas ouça até o final, é muito bonita.
Até me emocionei aqui... confesso que este ano fiquei feliz por ficar na torcida (e como sou pé frio, credo!). É duro estar ali, aguardando resultados.
No mais, só para dizer que “Gótico nordestino” está nas minhas listas sempre. Adoro o livro, premiado aqui em casa 🧡
Obrigado Ana, esses dias eu pensava como sou sortudo de ter leitores e leitoras incríveis, como é o seu caso, ainda mais que você é colega de profissão.
Cheguei aqui no seu texto depois de duas indicações a respeito dele (já nem lembro em qual newsletter), e foi maravilhoso ter lido isso!
Fiquei pensando na minha própria posição como autor e o que é possível fazer a partir de um prêmio. Em 2021 eu ganhei o BN em Literatura Juvenil e fiquei feliz como pinto no lixo, igualzinho a você - e aí não fiz nada a respeito. Sim, eu estava meio confuso com a vida no geral, desapontado por estar escrevendo menos do que gostaria, um pouco distante das redes sociais, e aí acabei postando aqui, ali, divulguei um pouquinho e deixei morrer. Do momento em que estou agora percebo claramente que a minha abordagem foi um grande erro, mas na hora eu tava desmotivado e ficava pensando "por que as pessoas não querem ler um livro vencedor de prêmio?". É incrível como a gente se vitimiza de graça, por preguiça de se mexer e fazer a coisa andar. O que me salta aos olhos é que, ganhando, não ganhando, sendo finalista, não sendo, o importante é não parar de se movimentar... enfim, aprendizados haha.
Fiquei curiosíssimo com seu livro e já adicionei na minha lista! Acompanharei a newsletter com entusiasmo :)
Fábio, obrigado pela tua leitura, que bom que encontrou meu trabalho e agora posso conhecer o teu. Aliás, primeiro, parabéns pelo BN! Este ponto que vc fala é muito importante: o prêmio nos ajuda, mas a vida não está ganha, de jeito nenhum. Existe um prazo de validade pra atenção que um prêmio, de modo geral, da pra nossos livros e esse prazo é bem curto... por outro lado, também há um limite para o que conseguimos fazer sobre nosso livro, porque isto é um aspecto complexo, muitas vezes precisamos nos desdobrar em diferentes funções na carreira de autor que são alheias à natureza desta própria carreira.
Muito obrigado! Sim, sem sombra de dúvidas ser escritor não é um trabalho simples, ainda mais quando, como você mencionou, escritores assumem tantas tarefas que a princípio não eram suas... Ainda assim, sempre fica a impressão de que se poderia fazer mais!
É isso, Chris. É isso! Ficar de fora é igual ter o coração partido: dói muito, mas passa.
São os ossos do ofício, não é mesmo?
Texto muito gostoso de ler! Reflexões importantes, com boas pitadas de humor e ironia. Adorei!
Muito legal você compartilhar conosco esses pensamentos e também abordar esse lado emocional dos prêmios. Somos humanos, é lógico que torcemos sempre pela maior visibilidade e prestígio para o nosso trabalho. Sobre a frustração... tem uma música que vai te ajudar a lidar com ela, é "Minha história" do João do Vale, caso não conheça. Apenas ouça até o final, é muito bonita.
É isso mesmo Najla, a percepção é por aí. Creio que nunca ouvi essa música, vou escutar com certeza.
Até me emocionei aqui... confesso que este ano fiquei feliz por ficar na torcida (e como sou pé frio, credo!). É duro estar ali, aguardando resultados.
No mais, só para dizer que “Gótico nordestino” está nas minhas listas sempre. Adoro o livro, premiado aqui em casa 🧡
Obrigado Ana, esses dias eu pensava como sou sortudo de ter leitores e leitoras incríveis, como é o seu caso, ainda mais que você é colega de profissão.