Esse texto veio certeiro e a questão da dificuldade com o desapego é real. Estou numa insistência com "O sofredor do ver", os contos de Maura Lopes Cançado que vem logo depois de "O hospício é Deus", mas está sofrido.
Eu nunca consegui manter a leitura de O Outono do Patriarca, de GGM. Tentei umas 3 vezes e sempre desisto. Acredito que não sou boa o bastante para ela. Hahahah
Queria desistir de Madame Bovary, achei um saco, mas estava em leitura conjunta com amigas (todas achamos a obra chata, mas persistimos na leitura e falando mal até o final).
São dois livros que pedem mesmo tempo viu! Eu gosto muito de Outono do Patriarca, marcou minha época de estudante de Letras, adoraria ler nesse meu atual momento pra eu saber se eu ainda ia gostar.
Amo o Miéville, mas acho que teu jeito de escrever é bem distinto do dele mesmo. Consigo entender os motivos. E lindo saber mais dos périplos literários tb 🧡
Eu sinto muita culpa quando abandono romances, fico tranquila com não-ficção. O último romance que abandonei foi "Lugar" da Annie Ernaux, não consigo seguir com nenhum livro dessa autora.
Poxa, eu gosto bastante dela e inclusive curti muito O lugar. Mas fico me perguntando se ela escreve romances/novelas no geral ou se são a boa e velha autobiografia.
Nossa! Sou muito de abandonar livro sem culpa e adorei tuas considerações. Um abandono mais recente (e mais digno de me julgarem rs) foi Moby Dick. E olha que eu forcei, o que não costumo fazer. Abração!
Legal Paulo! Acho que existe um peso no abandono de clássicos, quando eu escrevi pensava até mais nos contemporâneos. Acho que vale um novo posto no futuro sobre isso.
Comecei e abandonei "Senhora" de José de Alencar duas vezes. A primeira no ensino médio a segunda mais recentemente. Bom deixar claro que adoro os clássicos da literatura nacional, mas esse realmente não me prendeu.
Olha, Alencar é uma leitura complicada no sentido de que a obra dele envelheceu bastante, muito mais do que outros dos seus contemporâneos. Eu acho até que Senhora é um dos mais agradáveis dele para um leitor hoje.
Adorei a newsletter! Eu sempre abandonei livros. Quando era mais nova, tinha a regra de chegar à página 35 pra tomar essa decisão, afinal sempre me deu pavor a ideia de que perdi tempo precioso de leitura com um livro que não é pra mim (ou com um livro muito ruim hehe). E, por fim, há mesmo algo muito especial em lidar com os adoles. Tive experiências lindas com eles nos meus anos de prof.
Ih, eu também não consegui terminar Estação Perdido (na verdade, nem cheguei muito longe)! Nessa linha espacial, com alienígenas mais bem desenhados e que não se comportam como humanos, sugiro Uma Longa Viagem a um Pequeno Planeta Hostil, da Becky Chambers. É o primeiro de uma série, e achei o primeiro e segundo livro lindíssimos (mas empaquei no terceiro rs).
Eu li sim esse de Chambers, justamente o primeiro volume. Gostei mais até mais ou menos o meio do livro, em seguida achei que caiu um tanto… eu tbm li Salmo para um robô peregrino, eu gostei. É uma autora que faz algo diferente, mais solar e acho que isso faz bem pra FC, mas por outro lado as vezes acho que as utopias dela não conseguem sair daquele mundo privilegiado/fofo da Califórnia da qual ela faz parte.
Aprendi a ser amigo do fim, seja em amizades, relacionamentos e, também, leituras. Tem coisa que não é para o momento e coisas que não são para a gente mesmo. Gosto, no entanto, da ideia de revisitar uma obra: pode ser que sua hora chegue. Agora, já aconteveu o inverso também: revisitar e pensar "meu deus, onde eu tava com a cabeça" (e serve pra tudo, não só leitura hahaha).
Me identifico demais em especial com a parte final da sua mensagem, rs. Aliás eu fiz paralelos da leitura com o relacionamento amoroso mas isso vale também para as amizades.
gostei das reflexões... enquanto leitora que faz parte de algumas comunidades leitoras em meios digitais (em certos momentos mais, em outros menos), percebo uma certa "pressão" para que a gente não abandone os livros, como se fosse algo errado kkkk enquanto estudante de letras (principalmente agora com um pé já fora do curso, perto da defesa do tcc), também dou muito valor às minhas leituras por prazer... e quando a gente faz algo por prazer é porque gosta, né? acho bem simples e lógico como você falou. mas é uma construção mesmo e a gente vai se entendendo enquanto leitor, como você disse. eu acredito muito que não há problema em abandonar um livro ou não gostar dele... não significa que em outro momento não possamos voltar para a leitura uma vez abandonada, como você pontuou. também não significa que não reconhecemos o valor de determinada obra. é interessante a discussão... afinal, saber pra onde você não quer ir, já é algo... do contrário, qualquer caminho serve, como lemos em alice kkkk
acho que a leitura por prazer pode ser mais leve mesmo, sem tanta obrigação, experimentamos um pouco de cada, nos aprofundamos mais em determinado gênero ou escritor/a, depois voltamos a expandir os horizontes e expectativas... é um movimento que deveria ser mais livre e gostoso e menos engessado, penso eu. e que vai nos formando enquanto leitor mesmo, como você bem disse.
sobre escrever narrativas voltadas para o público adolescente............ POR FAVOR, SIM! eu, enquanto uma jovem adulta de 22 mas que sente que ainda tem 17 (idade que eu tinha no início da pandemia), iria gostar muito, pois adoro literatura para jovens (young adult, new adult). é isso, news interessante como sempre! abraço
Eu com certeza quero tentar escrever algo para crianças nos próximos anos, mas agora penso tbm se adolescentes pode ser interessante. Algo a se pensar…
Que ótimo Camila! Concordo demais com você. E muita sorte e sucesso com a finalização do curso de Letras e a futura caminhada como minha colega na área.
É bonito quando conseguimos dizer um basta, talvez até longo, mais provável que até nunca mais. Às vezes a leitura basta em poucos capítulos, já cumpre seu papel naquele nosso momento, e sigamos em frente. Antes eu forçava, me arrastava em linhas, até que não estava mais de mente presente nelas. Hoje, leio muito como você, com o mesmo olhar que De quatro poderia ter algumas páginas a menos, mas que divertido o caos de Miranda July. E tenho esse cuidado de dizer que chega. Talvez o último que tenha largado foi Tudo é rio, e nem é um livro longo ou complicado, mas não me fisgou naquele momento.
Cristhiano, que coincidência... ontem mesmo escrevi aqui sobre as vantagens de se insistir em uma leitura fadada ao fracasso rsrsrsrs. Ainda não tinha lido este teu texto. E, embora eu tenha defendido alguns benefícios da persistência, também concordo com algumas necessidades de, às vezes, sacodir a poeira e partir pra outra.
O livro que me levou a insistir (dedicar tempo e atenção) foi justamente o "De Quatro", livro que você cita. Pra mim foi bem difícil, ensaiei abandonos várias vezes até que fui tomada por uma automotivação rara. rsrsrs.
Que bom que os livros nos despertam essas relações com a vida que sempre tem muito a ver com nossa própria forma de encarar as decisões e as escolhas. Adorei. Obrigada!
eu queria poder abandonar as leituras obrigatórias da universidade nesse momento, infelizmente não posso pois aluna 🥲
Ah mas nesse caso tem que obedecer os profs hehehe. No caso das leituras obrigatórias aí não tem mesmo muito jeito.
o professor professorando rs
pode deixar que eu to lendo🧐
Vou recomendar um ponto de participação na média 🧐
😂❤️
Esse texto veio certeiro e a questão da dificuldade com o desapego é real. Estou numa insistência com "O sofredor do ver", os contos de Maura Lopes Cançado que vem logo depois de "O hospício é Deus", mas está sofrido.
Desejo Boas leituras! Eu nunca li Cançado.
Eu considerava um pecado abandonar um livro. Hoje dou mais valor ao meu tempo. Se não fluiu, deixo pra outro momento ou talvez nunca. Mas é difícil...
Adorei suas andanças! Muito plurais!
Sim, o próprio tempo vai estabelecendo seus parâmetros não é?
Eu nunca consegui manter a leitura de O Outono do Patriarca, de GGM. Tentei umas 3 vezes e sempre desisto. Acredito que não sou boa o bastante para ela. Hahahah
Queria desistir de Madame Bovary, achei um saco, mas estava em leitura conjunta com amigas (todas achamos a obra chata, mas persistimos na leitura e falando mal até o final).
Um beijo.
São dois livros que pedem mesmo tempo viu! Eu gosto muito de Outono do Patriarca, marcou minha época de estudante de Letras, adoraria ler nesse meu atual momento pra eu saber se eu ainda ia gostar.
Amo o Miéville, mas acho que teu jeito de escrever é bem distinto do dele mesmo. Consigo entender os motivos. E lindo saber mais dos périplos literários tb 🧡
Olha você ainda vai ter que me convencer sobre ele. É o segundo romance que tento dele (o primeiro eu terminei).
Eu sinto muita culpa quando abandono romances, fico tranquila com não-ficção. O último romance que abandonei foi "Lugar" da Annie Ernaux, não consigo seguir com nenhum livro dessa autora.
Poxa, eu gosto bastante dela e inclusive curti muito O lugar. Mas fico me perguntando se ela escreve romances/novelas no geral ou se são a boa e velha autobiografia.
Olha, eu até gosto de autobiografia romanceada, meu horror é prosa poética. Acho que a gente não bateu mesmo literariamente.
A melhor defesa para abandonar um livro!
Cristhiano, queria ter te visto na Bienal, mas não consegui ir! Venha de novo,
quando possível for ❤️
Que pena Anny! Foi muito legal em Fortaleza e espero voltar em breve. Um abraço!
Nossa! Sou muito de abandonar livro sem culpa e adorei tuas considerações. Um abandono mais recente (e mais digno de me julgarem rs) foi Moby Dick. E olha que eu forcei, o que não costumo fazer. Abração!
Legal Paulo! Acho que existe um peso no abandono de clássicos, quando eu escrevi pensava até mais nos contemporâneos. Acho que vale um novo posto no futuro sobre isso.
Comecei e abandonei "Senhora" de José de Alencar duas vezes. A primeira no ensino médio a segunda mais recentemente. Bom deixar claro que adoro os clássicos da literatura nacional, mas esse realmente não me prendeu.
Olha, Alencar é uma leitura complicada no sentido de que a obra dele envelheceu bastante, muito mais do que outros dos seus contemporâneos. Eu acho até que Senhora é um dos mais agradáveis dele para um leitor hoje.
Adorei a newsletter! Eu sempre abandonei livros. Quando era mais nova, tinha a regra de chegar à página 35 pra tomar essa decisão, afinal sempre me deu pavor a ideia de que perdi tempo precioso de leitura com um livro que não é pra mim (ou com um livro muito ruim hehe). E, por fim, há mesmo algo muito especial em lidar com os adoles. Tive experiências lindas com eles nos meus anos de prof.
Legal Raquel, fiquei só curioso com o limite exato da página 35, rs. Me conte depois. Interessante que vc tenha sido professora, não sabia.
Ih, eu também não consegui terminar Estação Perdido (na verdade, nem cheguei muito longe)! Nessa linha espacial, com alienígenas mais bem desenhados e que não se comportam como humanos, sugiro Uma Longa Viagem a um Pequeno Planeta Hostil, da Becky Chambers. É o primeiro de uma série, e achei o primeiro e segundo livro lindíssimos (mas empaquei no terceiro rs).
Eu li sim esse de Chambers, justamente o primeiro volume. Gostei mais até mais ou menos o meio do livro, em seguida achei que caiu um tanto… eu tbm li Salmo para um robô peregrino, eu gostei. É uma autora que faz algo diferente, mais solar e acho que isso faz bem pra FC, mas por outro lado as vezes acho que as utopias dela não conseguem sair daquele mundo privilegiado/fofo da Califórnia da qual ela faz parte.
Cris, você já leu o Ted Chiang? Em matéria de ficção científica ele é meu queridinho absoluto! Se ainda não leu, recomendo muito Expiração
Já sim, eu adoro os contos dele, inclusive a literatura dele foi uma das referências pro gótico nordestino e agora para meu próximo de ficção.
Aprendi a ser amigo do fim, seja em amizades, relacionamentos e, também, leituras. Tem coisa que não é para o momento e coisas que não são para a gente mesmo. Gosto, no entanto, da ideia de revisitar uma obra: pode ser que sua hora chegue. Agora, já aconteveu o inverso também: revisitar e pensar "meu deus, onde eu tava com a cabeça" (e serve pra tudo, não só leitura hahaha).
Me identifico demais em especial com a parte final da sua mensagem, rs. Aliás eu fiz paralelos da leitura com o relacionamento amoroso mas isso vale também para as amizades.
gostei das reflexões... enquanto leitora que faz parte de algumas comunidades leitoras em meios digitais (em certos momentos mais, em outros menos), percebo uma certa "pressão" para que a gente não abandone os livros, como se fosse algo errado kkkk enquanto estudante de letras (principalmente agora com um pé já fora do curso, perto da defesa do tcc), também dou muito valor às minhas leituras por prazer... e quando a gente faz algo por prazer é porque gosta, né? acho bem simples e lógico como você falou. mas é uma construção mesmo e a gente vai se entendendo enquanto leitor, como você disse. eu acredito muito que não há problema em abandonar um livro ou não gostar dele... não significa que em outro momento não possamos voltar para a leitura uma vez abandonada, como você pontuou. também não significa que não reconhecemos o valor de determinada obra. é interessante a discussão... afinal, saber pra onde você não quer ir, já é algo... do contrário, qualquer caminho serve, como lemos em alice kkkk
acho que a leitura por prazer pode ser mais leve mesmo, sem tanta obrigação, experimentamos um pouco de cada, nos aprofundamos mais em determinado gênero ou escritor/a, depois voltamos a expandir os horizontes e expectativas... é um movimento que deveria ser mais livre e gostoso e menos engessado, penso eu. e que vai nos formando enquanto leitor mesmo, como você bem disse.
sobre escrever narrativas voltadas para o público adolescente............ POR FAVOR, SIM! eu, enquanto uma jovem adulta de 22 mas que sente que ainda tem 17 (idade que eu tinha no início da pandemia), iria gostar muito, pois adoro literatura para jovens (young adult, new adult). é isso, news interessante como sempre! abraço
Eu com certeza quero tentar escrever algo para crianças nos próximos anos, mas agora penso tbm se adolescentes pode ser interessante. Algo a se pensar…
Que ótimo Camila! Concordo demais com você. E muita sorte e sucesso com a finalização do curso de Letras e a futura caminhada como minha colega na área.
É bonito quando conseguimos dizer um basta, talvez até longo, mais provável que até nunca mais. Às vezes a leitura basta em poucos capítulos, já cumpre seu papel naquele nosso momento, e sigamos em frente. Antes eu forçava, me arrastava em linhas, até que não estava mais de mente presente nelas. Hoje, leio muito como você, com o mesmo olhar que De quatro poderia ter algumas páginas a menos, mas que divertido o caos de Miranda July. E tenho esse cuidado de dizer que chega. Talvez o último que tenha largado foi Tudo é rio, e nem é um livro longo ou complicado, mas não me fisgou naquele momento.
Tudo é rio, apesar das ressalvas que tive, foi uma leitura que me fisgou bastante. Inclusive já escrevi sobre o romance aqui na newsletter.
Cristhiano, que coincidência... ontem mesmo escrevi aqui sobre as vantagens de se insistir em uma leitura fadada ao fracasso rsrsrsrs. Ainda não tinha lido este teu texto. E, embora eu tenha defendido alguns benefícios da persistência, também concordo com algumas necessidades de, às vezes, sacodir a poeira e partir pra outra.
O livro que me levou a insistir (dedicar tempo e atenção) foi justamente o "De Quatro", livro que você cita. Pra mim foi bem difícil, ensaiei abandonos várias vezes até que fui tomada por uma automotivação rara. rsrsrs.
Que bom que os livros nos despertam essas relações com a vida que sempre tem muito a ver com nossa própria forma de encarar as decisões e as escolhas. Adorei. Obrigada!