Pior que minhas escadarias estão finalmente desaparecendo e aquele meu Eu refletido no Outro não tem mais sangrado… aí eu esqueço que já estive nessa escada e começo tudo de novo, rs.
Adorei seu texto, querido. Você tem a sensibilidade de um poeta e na minha opinião, a sensibilidade é uma característica mais do que essencial na Literatura. Fiquei pensando aqui, seu texto me passou a ideia de uma lenta metamorfose e tbm de um processo antropofágico/canibal. Afinal, não seriam todos esses insetos parte do próprio "eu"? Enfim, que tudo isso desapareça, mas de lugar a outra "coisa", mais forte e mais corajosa. E pra você que está treinando agora, deixo a frase clichê de camiseta dos "marombas": no pain, no gain. Um abraço!
Sim, os insetos são parte do eu, ou melhor, o consumir necessário e repetitivo do trauma do gesto que interdita a relação amorosa. A gente tem que esgotar e esgotar e esgotar essa experiência até que ela pare de doer e produza outros significados. É um saco, mas ao mesmo tempo é super banal: estamos sempre com o coração aflito pelo amor e tudo isso sempre passa. A preocupação maior que a gente precisa ter reside no fato de que não se pode deixar as feridas, os traumas, regerem totalmente a vida amorosa que surge em seguida, porque aí vamos só machucar as pessoas e a nós mesmos.
Sua leitura do meu texto é preciosa demais para mim! Obrigado. Eu não sei qual a dimensão do silêncio que tu fala, nesse contexto, amoroso, mas eu precisei do máximo possível disso no meu luto. Agora, penso que é menos necessário. Cada término é uma narrativa própria, porém considero que errei um bocado nos meus afastamentos no passado da minha vida amorosa, que considero hoje afastamentos radicais. Eu nesses meses tenho tentado construir a coerência da minha vida amorosa ao longo desses anos todos e isso passa por entender quando silêncios curam, ou envenenam.
Acho que esse é um dos motivos se eu ter “me aposentado”: já caminhei vezes demais nesta escada.
Pior que minhas escadarias estão finalmente desaparecendo e aquele meu Eu refletido no Outro não tem mais sangrado… aí eu esqueço que já estive nessa escada e começo tudo de novo, rs.
Que texto massa! Me lembrou G.H e o gosto do vivo.
Um beijo!!!
e fim.
Adorei seu texto, querido. Você tem a sensibilidade de um poeta e na minha opinião, a sensibilidade é uma característica mais do que essencial na Literatura. Fiquei pensando aqui, seu texto me passou a ideia de uma lenta metamorfose e tbm de um processo antropofágico/canibal. Afinal, não seriam todos esses insetos parte do próprio "eu"? Enfim, que tudo isso desapareça, mas de lugar a outra "coisa", mais forte e mais corajosa. E pra você que está treinando agora, deixo a frase clichê de camiseta dos "marombas": no pain, no gain. Um abraço!
Quanto à maromba, a parte do pain é real hein? Haahahah. Aguarde um texto aqui sobre isso. Penso em publicar no fim do mês ou em julho.
Sim, os insetos são parte do eu, ou melhor, o consumir necessário e repetitivo do trauma do gesto que interdita a relação amorosa. A gente tem que esgotar e esgotar e esgotar essa experiência até que ela pare de doer e produza outros significados. É um saco, mas ao mesmo tempo é super banal: estamos sempre com o coração aflito pelo amor e tudo isso sempre passa. A preocupação maior que a gente precisa ter reside no fato de que não se pode deixar as feridas, os traumas, regerem totalmente a vida amorosa que surge em seguida, porque aí vamos só machucar as pessoas e a nós mesmos.
A linguagem mais "guilhotina" que li nos últimos tempos, Cris :(
Corta, como faca.
Mas acho que o mais cortante, mesmo, é o silêncio. Não tem desfecho. E esse silêncio é o que corta. O corte.
Beijos.
Sua leitura do meu texto é preciosa demais para mim! Obrigado. Eu não sei qual a dimensão do silêncio que tu fala, nesse contexto, amoroso, mas eu precisei do máximo possível disso no meu luto. Agora, penso que é menos necessário. Cada término é uma narrativa própria, porém considero que errei um bocado nos meus afastamentos no passado da minha vida amorosa, que considero hoje afastamentos radicais. Eu nesses meses tenho tentado construir a coerência da minha vida amorosa ao longo desses anos todos e isso passa por entender quando silêncios curam, ou envenenam.
Não tem vírgula entre contexto e amoroso hehe
Pensei que tu estavas de luto pela crônica também. Que bom que me enganei.
Ruim demais que a crônica não morre apesar da gente falar isso 😭😭😭
Será que nas escadas do término não se pode levar nem um baygon? Ótimo texto, Cris!
Que bom que gostou Larissa!
O bicho é imune 🤡
me quebrou
Poxa, busquei algo forte na escrita, porque sinto que é preciso abordar a brutalidade de um luto, mas espero que esteja tudo bem contigo Mila.
Foi muito bonito seu texto, está tudo bem! Quebrou numa instância poética, não se preocupe. Obrigada!
nossa, que texto incrível! me pegou demais. gostei muito!
Como te disse, que honra e que bom que tu gostou!