O olhar para trás de Orfeu sempre foi muito visto como fraqueza, mas concordo contigo, sempre vi como o escapulir de alguém que de tanto amar não se contém. E de certa forma, não é isso a paixão? Esse queimar incontrolável, esse comichão insistente, esse pulsar impulsivo? E não é justamente esse desespero e intensidade quem finda em um auto sufocamento essa mesma paixão? Como sempre adorei os pensamentos da vez.
Obrigado demais Lisa! Eu voltei a olhar Orfeu com essa visão que vc tem tbm após reler a versão de Ovídio para o mito. Temos que ser mais generosos com Orfeu, porque a humanidade do amor que ele vive a gente reconhece com força dentro de nós.
Boa, Cris! Como já tinha te falado, também sou fã do mito de Orfeu e já o utilizei diversas vezes nessa vida de contador de histórias. Interessante como conseguiu traduzir algumas sutilezas do mito em seu conto — principalmente nos movimentos de fuga e reconhecimento da personagem na direção de seu duplo, muito bem resolvido pela figura sobrenatural da Sinhá Torta. Abraços!
Que conto excelente, Cris! Acho que ele se conecta bastante com os do Gótico, principalmente os que têm esse final “à moda do leitor”, que dizem nada e tudo ao mesmo tempo, a depender de quem está do outro lado. Particularmente gostei bastante da ambientação e desses personagens tão parecidos com a vida real, e que bom saber que a inspiração veio dela também!
Obrigado pela leitura! Sim, quando fiz a primeira divulgação no Instagram dias atrás falei que ele deveria ter sido, se existisse na época, o décimo conto do meu livro.
Procurando aleatoriamente na internet algo sobre o mito de Orfeu e Euridice, encontrei esse texto. Que presente! E de quebra ainda ganhei o conto Anunciação, não podia ser melhor. Meu primeiro pensamento ao me deter na história mitológica foi a culpa de Orfeu, sua insegurança e desejo de posse que teriam matado Euridice pela segunda vez. Com seu texto uma nova e linda perspectiva se abriu, do amor e do luto, pela perda de Euridice e pela perda do próprio amor e do amor-próprio.
E que bela conclusão: “Aqui, o luto se completa: Orfeu e Eurídice se reencontram não como amantes, mas como companheiros na memória um do outro. O trauma da ruptura para de sangrar, a dor que rompia o mundo volta ao estado de equilíbrio. Orfeu e Eurídice caminham juntos pelo Hades, porque agora seu amor se transformou em uma história que dá forma ao próprio caminhar.”
Se for pra encher minha caixa de entrada com interpretações mitológicas desse quilate tá liberado :)
Opa, tendo seu aval já ganhei o dia!
:D
O olhar para trás de Orfeu sempre foi muito visto como fraqueza, mas concordo contigo, sempre vi como o escapulir de alguém que de tanto amar não se contém. E de certa forma, não é isso a paixão? Esse queimar incontrolável, esse comichão insistente, esse pulsar impulsivo? E não é justamente esse desespero e intensidade quem finda em um auto sufocamento essa mesma paixão? Como sempre adorei os pensamentos da vez.
Obrigado demais Lisa! Eu voltei a olhar Orfeu com essa visão que vc tem tbm após reler a versão de Ovídio para o mito. Temos que ser mais generosos com Orfeu, porque a humanidade do amor que ele vive a gente reconhece com força dentro de nós.
Boa, Cris! Como já tinha te falado, também sou fã do mito de Orfeu e já o utilizei diversas vezes nessa vida de contador de histórias. Interessante como conseguiu traduzir algumas sutilezas do mito em seu conto — principalmente nos movimentos de fuga e reconhecimento da personagem na direção de seu duplo, muito bem resolvido pela figura sobrenatural da Sinhá Torta. Abraços!
Legal meu amigo, obrigado pela leitura!
Adorei, amigo. Vou ler o conto agora ♥️
Obrigado, fico sempre orgulhoso de ter você como leitora
acho o mito do orfeu um dos mais bonitos.
Sem dúvidas, como não ficar apaixonado por este mito, não é?
Que conto excelente, Cris! Acho que ele se conecta bastante com os do Gótico, principalmente os que têm esse final “à moda do leitor”, que dizem nada e tudo ao mesmo tempo, a depender de quem está do outro lado. Particularmente gostei bastante da ambientação e desses personagens tão parecidos com a vida real, e que bom saber que a inspiração veio dela também!
E estou mais a fim de explorar as relações afetivas e a sexualidade. Tenho tido isso com frequência nos últimos meses, esse conto é um exemplo disso.
Obrigado pela leitura! Sim, quando fiz a primeira divulgação no Instagram dias atrás falei que ele deveria ter sido, se existisse na época, o décimo conto do meu livro.
Procurando aleatoriamente na internet algo sobre o mito de Orfeu e Euridice, encontrei esse texto. Que presente! E de quebra ainda ganhei o conto Anunciação, não podia ser melhor. Meu primeiro pensamento ao me deter na história mitológica foi a culpa de Orfeu, sua insegurança e desejo de posse que teriam matado Euridice pela segunda vez. Com seu texto uma nova e linda perspectiva se abriu, do amor e do luto, pela perda de Euridice e pela perda do próprio amor e do amor-próprio.
E que bela conclusão: “Aqui, o luto se completa: Orfeu e Eurídice se reencontram não como amantes, mas como companheiros na memória um do outro. O trauma da ruptura para de sangrar, a dor que rompia o mundo volta ao estado de equilíbrio. Orfeu e Eurídice caminham juntos pelo Hades, porque agora seu amor se transformou em uma história que dá forma ao próprio caminhar.”
Obrigada!